Quem nunca ouviu falar nesse livro e nas "mudanças" ele ele trouxe na vida de muitas mulheres ao redor do mundo? Pois é, eu também. Já tinha ouvido muita coisa a respeito dessa história, coisas boas, coisas ótimas, coisas não tão boas... Via sempre esse livro na prateleira das livraria, sempre no lugar nos "best sellers", e já tinha lido quinhentas vezes a opinião de Julia Roberts sobre ele: "Estou dando este livro de presente para todas as minhas amigas" e ficava pensando: "O que será que esse livro tem de tão bom?"



Até que um dia, a toa em casa, peguei o filme para assistir. Já que todo mundo falava tão bem do livro, vamos conhecer a história não é mesmo? Pois bem... Comecei a ver o filme e logo de cara fiquei encantada pela história, pela Liz e seus problemas. E claro, nos primeiros segundos do filme me identifiquei com ela. Cheguei então a parte que ela decide viajar por um ano e então parei o filme na hora. Todo o drama do divórcio, os problemas com o novo namorado, a decisão de ir viajar para se encontrar me deixou com uma curiosidade enorme, para saber o que vinha a seguir, o que essa tal viagem pelo mundo iria representar na vida dela. Eu não podia descobrir isso pelo filme. Se aqueles primeiros minutos já tinha me deixado maravilhada pela história, imagina o que seria o livro... EU PRECISAVA LER ESSE LIVRO!




Então, aproveitei que meu aniversário estava próximo e coloquei ele na lista de livros que eu queria de presente, e assim que eu ganhei ele, comecei a ler. Demorei um certo tempo para ler o livro (MUITO tempo na verdade). Em parte foi porque eu estava ocupadissima com a faculdade, não tinha tempo pra nada, parte porque eu não me achava "preparada" para ler o que vinha a seguir, e parte porque eu não queria de jeito nenhum acabar o livro.
A história toda é divida em três partes: Itália, Índia, Indonésia. Todos esses países começam com a letra I, que em inglês quer dizer "eu". Isso me parece um sinal bastante auspicioso para uma viagem de auto descoberta (p. 38 - Comer, Rezar, Amar). Cada país com 38 capítulos/histórias e sua particularidade. Tudo isso com um porquê, do número de capítulos, do porque da escolha de cada país.

Elizabeth Gilbert é uma mulher perdida. Depois de passar por um divórcio complicado, um namoro conturbado, ela resolve viajar para se encontrar consigo mesma, redescobrir o prazer de viver, se encontrar. Começa então pela Itália, pelo prazer de aprender uma língua nova, pelo prazer de comer comidas maravilhosas sem culpa, por simples prazer... Confesso que nesta parte do livro fiquei encantadissima com tudo. A história da Liz, os conflitos, sua personalidade, seu jeito de encarar a vida. É nessa parte que conhecemos quem é a Liz de verdade, e o que ela procura.
Seguimos então para a Índia, onde Liz decide ficar em um ashran, para praticar ioga, se encontrar com Deus. Comecei então a ler essa segunda parte do livro com um pouco medo. Tinha gostado tanto de ver a Liz se divertindo, comendo sem parar, saindo com seus amigos, que achei que esse período na Índia só meditando, seria extremamente entediante. Mas foi aí que me surpreendi! Nessa parte ela já está recuperada emocionalmente dos "traumas" pelo qual ela passou nos último tempos. Já descobriu novos prazeres na vida, e agora se vê pronta para finalmente resolver os seus problemas e então recomeçar da maneira correta. E ver isso acontecer com ela, é uma coisa incrível! É como presenciar o seu renascimento, onde ela resolve com ela mesma, tudo o que estava pendente. E então, vendo tudo isso, depois de me identificar com muitos problemas que ela teve, eu pensei: Se ela pode, por que eu não posso?
Da Índia, Liz segue para Indonésia, onde ela resolve finalmente recomeçar, depois de ter aprendido a aproveitar melhor a vida, e resolver os seus problemas, ela está pronta para ser uma nova Liz. E essa é uma fase divertissima. Além de ver ela transformada em uma nova pessoa, vemos Liz encarando um novo amor, sem os medos, sem os "vícios" que a fez errar no passado, e então vemos nascer uma nova esperança para ela. Completamente renovada, e apaixonada, vemos Liz superando ela mesma, saindo dessa incrível jornada uma mulher livre de si mesma.
Ao ver toda essa história, todos os conflitos, problemas que Liz passou, toda a transformação e o seu re-começo, me senti renovada, assim como ela. Pois ao ver que ela conseguiu passar por isso tudo, e como ela mesma diz, "administrar o seu resgate" por que eu não posso?

Bom, depois de ficar maravilhada com o livro, e colocar ele no lugar de meu "livro preferido ever" fui ver o filme... E confesso que decepcionei. Já tinha ouvido muito gente falar que o filme era ótimo, que o filme era chato, e depois de ler o livro ficava imaginando como uma historia daquelas poderia ser chata? A verdade é que o filme não passa nem 10% do que é essa viagem da Liz, de quem a Liz é de verdade e de tudo o que ela passou. No livro, por ser uma narrativa dela, em primeira pessoa, nós vemos ela contar histórias, se questionar, debater consigo mesma seus dilemas, problemas. Porém ao passar essa jornada para as telonas, tudo acabou ficando muito "parado".
Quem leu o livro pode sentir que falta algo ali. Para quem não leu, pode achar chato porque o filme não tem a grandiosidade do livro, mas pode achar incrível também, porque tem um pouco da essência da história sim. Não acho que seja um filme horrível. Longe disso! Foi por causa do filme que fiquei intrigada a ler o livro. E por ter lido o livro, vi que o filme não faz juz a ele.

Eu tenho a curiosa mania de sempre que leio alguma frase, parágrafo, capítulo de um livro que acho interessante ou que eu gosto muito, marco a página com um post-it. Essa mania veio na verdade da minha vó, que grifa o livro, porém como eu tenho uma dó gigante de riscar qualquer livro, eu coloco apenas um post-it para não "danifica-lo" muito. E claro que isso ia acabar acontecendo com "Comer, Rezar, Amar". Não só aconteceu como eu lotei o meu livro de post-it, chegando a colocar pouco mais de 40 marcadores nele. E acabo voltando ao livro sempre que me dá vontade de ver como a Liz superou tudo. Tem como não ser meu livro preferido?
Mas não posso negar, nunca, o quão incrível é a história, e o quão maravilhosa é Elizabeth Gilbert. E serei pra sempre grata a ela, e à Comer, Rezar, Amar...

Um Comentário

  1. Ganhei esse livro dessa amiga linda e queridíssima dona desse blog e é exatamente como ela descreve: viciante e encorajador! ela me deu esse livro quando eu mais precisava aprender a me perdoar e a superar alguns acontecimentos! É impossível ler e não aprender! Confesso que não gostei do filme não. Assisti ele inteiro antes de ler o livro e o achei muito monótono! Mas o livro é simplesmente sensacional! Assim como a Cah, sou muito grata à Liz Gilbert por tudo que ela ensinou e dividiu não só comigo, mas com todas as leitoras dela! Amiga, mais uma vez, muitíssimo obrigada por esse presente maravilhoso! Seu post está demais! Beijo!

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